Todas as pessoas possuem diferenças, mas essas diferenças não deveriam servir para rotulá-las. Todavia, observamos que, historicamente, as pessoas que não se enquadram dentro de um certo "padrão de normalidade", que a sociedade estabeleceu, tem sido perseguidas, humilhadas, segregadas e até mesmo eliminadas.
As pessoas com necessidades especiais, por possuírem características que fogem ao "padrão de normalidade", mesmo nos dias atuais, ainda sofrem inúmeras formas de preconceito, sendo constantemente marginalizadas e deixadas à margem da sociedade.
A pessoa com necessidade especial é uma pessoa com direitos. Existe, sente, pensa e cria. Não se pode privá-lo de experiências reais, as quais proporcionam condições de desenvolvimento que valorizam a independência corporal e a maturidade emocional.
A prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes do convencional: aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação.
Esse trabalho tem como objetivo refletir sobre como a escola deve se preparar para incluir nela o aluno especial e não o contrário, sem esquecer de construir rampas de acesso, toaletes especiais e salas mais espaçosas onde os deficientes se sentam na primeira fila.
Para compreender mais amplamente esse processo histórico há que se conhecer os muitos caminhos já trilhados pelo homem ocidental em sua relação com a parcela da população constituída pelas pessoas com necessidades educacionais especiais.
No primeiro capítulo apresentamos o Histórico da Educação Especial, onde a atenção à pessoa com necessidades educacionais especiais caracterizava-se pela segregação, acompanhada pela conseqüente e gradativa exclusão, sob diferentes argumentos, dependendo do momento histórico focalizado.
No decorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a compreensão que as diferentes sociedades tinham acerca da deficiência. A forma de pensar e por conseqüência a forma de agir com relação à deficiência enquanto fenômeno e à pessoa com necessidades especiais enquanto ser, modificaram-se no decorrer do tempo e das condições sócio-históricas.
A revisão da prática pedagógica, inserindo na escola de ensino comum o portador de necessidades educativas especiais, tendo como pano de fundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação, a Constituição Brasileira, por conseguinte, a Declaração de Salamanca e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, constitui uma oportunidade de comprovar que nos princípios da educação inclusiva, estão contidos os direitos garantidos a todas as pessoas portadoras de necessidades educativas especiais, reconhecidas pela humanidade.
No segundo capitulo tratamos sobre as Perspectivas da Educação Inclusiva, onde a inclusão dos alunos na rede regular de ensino que apresentam necessidades educacionais especiais, não consiste somente na permanência física desses alunos, mas o propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim que a escola defina a responsabilidade criando espaço inclusivos. Dessa forma, a inclusão significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola coloca-se a disposição do aluno.
No terceiro capítulo abordaremos o processo de Inclusão dos alunos Surdos do Ensino Regular, pois os Surdos são pessoas que possuem diferentes formas de vida material e representam diferentes papéis sociais. Não se pode negar que, sem um aspecto imprescindível ao ser humano a linguagem -, torna-se difícil abordar aspectos gerais e particulares das relações humanas.
Para que haja a inclusão social das pessoas Surdas, com o objetivo de participação social efetiva, sem a inevitável submissão a que as minorias são expostas, as escolas precisam organizar-se, considerando três critérios: a interação através da Língua de Sinais, a valorização de conteúdos escolares e a relação conteúdo-cultura surda.
No quarto capitulo apresentamos um estudo sobre as práticas pedagógicas quanto ao processo de inclusão do aluno Surdo no Ensino Regular, onde as escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias com suas comunidades.
E, por fim as considerações finais sobre o tema abordado, considerando que para uma escola ser Inclusiva significa primeiramente, acreditar no princípio de que todas as crianças podem aprender e o diretor deverá proporcionar a todas as crianças acesso igualitário a um currículo básico, rico e uma instrução de qualidade.
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