quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

GINÁSIO EXPERIMENTAL CARIOCA

O Programa Ginásio Experimental Carioca é voltado para atender jovens do 2º segmento do Ensino Fundamental. Em 2011, dez escolas aderiram ao Programa:

1ª. CRE – E.M. Rivadávia Correa, no Centro da cidade;

2ª. CRE – E.M. Orsina da Fonseca, na Tijuca;

3ª. CRE – E.M. Bolívar, no Engenho de Dentro;

4ª. CRE – E.M. Anísio Teixeira, na Ilha do Governador;

5ª. CRE – E.M. Mario Paulo de Brito, em Vista Alegre;

6ª. CRE – E.M. Coelho Neto, em Ricardo de Albuquerque;

7ª. CRE – E.M. Governador Carlos Lacerda, na Taquara;

8ª. CRE – E.M. Nicarágua, em Realengo;

9ª. CRE – E.M. Von Martius, em Campo Grande;

10ª. CRE – E.M. Princesa Isabel, em Santa Cruz.


EM 2012, MAIS OITO ESCOLAS PARTICIPARÃO DO PROGRAMA:
 

1ª. CRE – E.M. Nilo Peçanha, em São Cristóvão;

2ª. CRE – E.M. Epitácio Pessoa, no Andaraí; 2ª. CRE – E.M. André Urani, na Rocinha;

3ª. CRE – E.M. Rio de Janeiro, no Jacaré

5ª. CRE – E.M. Malba Tahan, no Irajá;

6ª. CRE – E.M. Fernando Rodrigues da Silveira, em Costa Barros;

8ª. CRE – E.M. Mario Casasanta, em Magalhães Bastos;

9ª. CRE – E.M. Embaixador Araújo Castro, em Campo Grande

ESCOLAS DE TURNO ÚNICO- 7 HORAS

Escolas que Funcionarão em Horário Integral em 2012

Alunos de 120 escolas municipais terão aulas em tempo integral em 2012. Mais aulas de Português, Matemática e Ciências estão incluídas no novo currículo, que prevê turnos de sete horas.
A mudança na grade já havia ocorrido em 22 unidades da Prefeitura do Rio este ano. Das 120 unidades, 58 são CIEPs. O novo projeto de turno único beneficiou, nesse primeiro momento, escolas que ficam nas áreas mais vulneráveis da cidade.
Das 22 escolas que já possuem horário integral, 10 são Ginásios Experimentais – escolas de segundo segmento, que possuem disciplinas eletivas e trabalham o projeto de vida dos alunos - e 12 são escolas da rede, adaptadas para funcionar em turno único.
De acordo com a secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, as unidades que passaram por essa transição em 2011 apresentaram melhores resultados nas provas bimestrais. - Nossa intenção é alcançar toda a rede municipal com o horário integral.
Mas escolhemos essas para dar um salto de qualidade e, assim, tornar a rede mais igualitária – declarou a secretária. Dentro do conceito de turno único, os alunos ficarão nas escolas durante sete horas. Ao longo do dia, terão mais aulas de Português, Matemática, Ciências, Educação Física e Inglês. Além disso, ainda terão disciplinas optativas, como Matemática Financeira, Artes e Leitura. A rede municipal de ensino possui 1.065 escolas, com mais de 670 mil estudantes.
Listas das escolas em tempo integral:
ESCOLA MUNICIPAL DARCY VARGAS

ESCOLA MUNICIPAL MAL MASCARENHAS DE MORAES

CIEP JOSÉ PEDRO VARELA

ESCOLA MUNICIPAL CANADÁ

ESCOLA MUNICIPAL MESTRE WALDEMIRO

ESCOLA MUNICIPAL GUARARAPES CÂNDIDO

CIEP PRESIDENTE TANCREDO NEVES

CIEP PRESIDENTE AGOSTINHO NETO

ESCOLA MUNICIPAL CAPISTRANO DE ABREU

CIEP PRESIDENTE JOÃO GOULART

CIEP NAÇÃO RUBRO NEGRA

ESCOLA MUNICIPAL BOMBEIRO GERALDO DIAS

ESCOLA MUNICIPAL DIOGO FEIJÓ

CIEP SAMUEL WAINER

CIEP ANTOINE MAGARINO T. FILHO

ESCOLA MUNICIPAL AFRÂNIO PEIXOTO

CIEP PRESIDENTE SALVADOR ALLENDE CIEP DR. BENTO RUBIÃO
ESCOLA MUNICIPAL SÃO DOMINGOS

ESCOLA MUNICIPAL EURICO VILLELA

ESCOLA MUNICIPAL HERMENEGILDO DE BARROS

CIEP PATRICE LUMUMBA

CIEP CEL. SARMENTO

ESCOLA MUNICIPAL SEN. JOÃO LYRA TAVARES

ESCOLA MUNICIPAL REPÚBLICA DO PERU

ESCOLA MUNICIPAL ISABEL MENDES

ESCOLA MUNICIPAL JEAN MERMOZ

ESCOLA MUNICIPAL TOBIAS BARRETO ESCOLA MUNICIPAL SENEGAL

ESCOLA MUNICIPAL LINS E VASCONCELOS

CIEP VINICIUS DE MORAES

CIEP MAESTRO FRANCISCO MIGNONE

ESCOLA MUNICIPAL PROF. SOUZA CARNEIRO

ESCOLA MUNICIPAL MIN. AFRÂNIO COSTA

ESCOLA MUNICIPAL MIN. PLÍNIO CASADO

CIEP DEPUTADO JOSÉ CARLOS B.MONTEIRO

ESCOLA MUNICIPAL HOLANDA

CIEP OLGA BENÁRIO PRESTES

CIEP JOÃO MANGABEIRA

CIEP JOÃO RAMOS DE SOUZA

CIEP HÉLIO SMIDT
CIEP PRES. SAMORA MACHEL

CIEP ELIS REGINA

CIEP LEONEL DE MOURA BRIZOLA

ESCOLA MUNICIPAL MONTESE

ESCOLA MUNICIPAL PRESIDENTE GRONCHI

CIEP MESTRE CARTOLA

CIEP GRACILIANO RAMOS

ESCOLA MUNICIPAL J. CARLOS

ESCOLA MUNICIPAL PIRES E ALBUQUERQUE

CIEP DOM OSCAR ROMERO

ESCOLA MUNICIPAL PARAGUAI

CIEP AUGUSTO P. DE CARVALHO

CIEP MANOEL MAURÍCIO ALBUQUERQUE

CIEP METALÚRGICO BENEDITO CERQUEIRA

ESCOLA MUNICIPAL EMÍLIO CARLOS

CIEP POETA FERNANDO PESSOA

CIEP GENERAL AUGUSTO CESAR. SANDINO

CIEP OSWALD DE ANDRADE

CIEP JOÃO DO RIO

ESCOLA MUNICIPAL MAX FLEIUSS

ESCOLA MUNICIPAL THOMAS JEFFERSONCIEP ANTÔNIO CANDEIA FILHO

CIEP DR. ADÃO PEREIRA NUNES

CIEP ZUMBI DOS PALMARES

CIEP GLAUBER ROCHA

ESCOLA MUNICIPAL RODRIGUES ALVES

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA DÍDIA MACHADO FORTES

ESCOLA MUNICIPAL ENGENHEIRO ÁLVARO SODRÉ

ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO BANDEIRA

ESCOLA MUNICIPAL SANTA FRANCISCA XAVIER CABRINI

ESCOLA MUNICIPAL RAUL FRANCISCO RYFF

CIEP AMÍLCAR CABRAL CIEP VILA KENNEDY

CIEP GILBERTO FREIRE CIEP CÉLIA MARTINS MENNA BARRETO

CIEP PADRE PAULO CORRÊA DE SÁ

CIEP ANTÔNIO EVARISTO DE MORAES

CIEP MAL.JÚLIO CAETANO HORTA BARBOSA

CIEP OLOF PALME CIEP MESTRE ANDRÉ

CIEP POETA CRUZ E SOUSA

CIEP MAESTRINA CHIQUINHA GONZAGA

ESCOLA MUNICIPAL LIMA BARRETO CIEP FREI VELOSO

ESCOLA MUNICIPAL PROF. IVAN ROCCO MARCH
CIEP MAL. HENRIQUE D. TEIXEIRA LOTT

CIEP THOMAS JEFFERSON

CIEP FRANCISCO SOLANO TRINDADE

CIEP ARACY DE ALMEIDA

ESCOLA MUNICIPAL PROF. FLORIANO DE BRITO

ESCOLA MUNICIPAL CORA CORALINA

ESCOLA MUNICIPAL PROF. GONÇALVES

CIEP ANITA MALFATI CIEP RAYMUNDO OTTONI DE CASTRO MAYA

CIEP PROF. DARCY RIBEIRO CIEP NELSON MANDELA

ESCOLA MUNICIPAL ALDEBARÃ

ESCOLA MUNICIPAL PROFª ZULMIRA TELLES DA COSTA

CIEP PRIMEIRO DE MAIO

CIEP MAESTRO HEITOR VILLA LOBOS



 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A PARTIR DO PRÓXIMO AMANHECER- 20/12/11

COMECEI A LER ESSE TEXTO NA REUNIÃO DE HOJE NA MINHA ESCOLA, MAS DEVIDO A MENSAGEM QUE ELE CONTINHA NÃO CONSEGUI TERMINA
A PARTIR DO PRÓXIMO AMANHECER

Hoje “me dei um tempo” para pensar na vida.
Na minha vida!!!
Decidi então que a partir do próximo amanhecer,
vou mudar alguns detalhes para ser a cada
novo dia, um pouquinho mais feliz.

Para começar, não vou mais olhar para trás.
O que passou é passado, se errei, agora não vou conseguir corrigir.
Então, para que remoer o que passou?
Refletir sobre aqueles erros sim
e então fazer deles um aprendizado
para o “meu hoje”...

Nem todas as pessoas que amo, retribuem
meus carinhos como “eu” gostaria... E daí?
A partir do próximo amanhecer vou continuar a amá-las, mas não vou tentar mudá-las.
Pode ser até que ficassem como eu gostaria que fossem e deixassem de ser as pessoas que eu amo.

Isso eu não quero.
Mudo eu...Mudo meu modo de vê-las.
Respeito seu modo de ser.
Mas não pense que vou desistir de meus sonhos!!!
Imagine!!!
A partir do próximo amanhecer, vou lutar com mais garra para que eles aconteçam.
Mas vai ser diferente.

Não vou mais responsabilizar
a mais ninguém por minha felicidade.
EU VOU SER FELIZ!!!
Não vou mais parar a minha vida porque
o que desejo não acontece, porque uma
mensagem não chega, porque não ouço
o que gostaria de ouvir.
Vou fazer meu momento...
Vou ser feliz agora...
Terei outros dias pela frente!!!
Nunca mais darei muita importância aos problemas que não tenho conseguido resolver.

A partir do próximo amanhecer, vou agradecer a Deus, todos os dias por me dar forças para viver,
apesar dos meus problemas.
Chega de sofrer pelo que não consigo ter,
pelo que não ouço ou não leio.
Pelo tempo que não tenho e até de sofrer por antecipação, pensando sempre, apenas no pior.

A partir do próximo amanhecer, só vou
pensar no que tenho de bom.
Meus amigos, nunca mais precisarão me dar
um ombro para chorar. Vou aproveitar a presença
deles para sorrir, cantar, para dividir felicidade.
A partir do próximo amanhecer vou ser eu mesmo. Nunca mais vou tentar ser um modelo de perfeição.
Nunca mais vou sorrir sem vontade
ou falar palavras amorosas por que
acho que sei o que os outros querem ouvir.

A partir do próximo amanhecer vou viver
minha vida, SEM MEDO DE SER FELIZ.
Vou continuar esperando.
Não, não vou esquecer ninguém.
Mas...
A partir do próximo amanhecer, quando a
gente se encontrar, com certeza, vou te dar
“aquele” abraço bem apertado, e com toda
sinceridade dizer...
ADORO VOCÊ e tenho muito amor para lhe dar.

(Desconheço o Autor)

R DE LÊ-LO, POIS NÃO CONSEGUI PRENDER MEU CHORO...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

REUNIÃO DO CONSELHO PROFESSOR - 14/12/2011

RELATÓRIO REUNIÃO COM A SECRETÁRIA 14/12/2011
No dia 14 de dezembro de 2011, realizou-se a reunião do Conselho de Professores com a Sra. secretária. Presentes as Professoras Claudia Costin, secretária de educação, Regina Helena Bomeny, subsecretária; Mariza Lomba, assessora especial e Kátia Max, coordenadora da Coordenadoria de Gestão e Governança (CGG).

1 - A reunião foi iniciada pela Secretária de Educação que fez um breve relato das ações da SME no 4º bimestre
· Avaliação - COC, conceito global, recuperação, 2ª época
· Kit férias – Educação Infantil ao 3º ano
· Leitura nas férias - empréstimo de livros para alunos do 4º ao 9º anos
· Formaturas - turmas de projeto e 9º ano
· Eleição de Diretores - curso, prova e banca
· Infraestrutura 
Pessoal- contratação de professores de todas as disciplinas e PII, agente auxiliar de creche, porteiro, agente educador.
Vamos fechar o ano sem falta de professor, embora tenhamos 2.611 professores de (Licença Especial ou Médica, a biometria colaborou muito para este cenário)
Foi aprovado pela câmara o cargo de secretário escolar, o edital do concurso está em processo de elaboração. Os atuais agentes administrativos continuarão nas escolas.
Professor de Artes – Vai chegar em todas as escolas, primeiro para o 2º segmento, muitas escolas já possuem e depois para o 1º segmento.
Coordenador pedagógico - negocia a possibilidade de contar com mais de um coordenador pedagógico em cada escola. (talvez um para 1º segmento e outro para 2º segmento ou um para pré escola e alfabetização, outro para 4ª até 6º ano e outro para 7º ao 9º ano - está estudando com sua equipe todas as possibilidades)

Recursos – estruturação do currículo (cadernos, educopédia, provas), reforço escolar, turmas de projeto (a partir de dezembro de 2012, não haverá mais turmas de projeto - aceleração de aprendizagem)
A Educopédia vai ser decisiva para o sucesso dos alunos do 2º segmento, o professor que não se sentir seguro com a tecnologia pode trabalhar em colaboração com outros professores e os próprios alunos.

2- Alfabetização – O aluno tem que ser alfabetizado no 1º ano e no 2º e 3º ano o processo de alfabetização deve ser consolidado. Haverá mudanças na organização do currículo da alfabetização (1º, 2º, 3º ano)
“Casa da Alfabetização” – é uma metodologia que será implantada em todas as escolas a fim de organizar o processo de alfabetização. Terá uma dinâmica com ênfase na leitura, cada sala de aula será preparada para tornar-se um ambiente alfabetizador. E na 1ª semana de fevereiro haverá a apresentação do material e capacitação para os professores alfabetizadores
Dinâmica da metodologia: acolhimento, hora da leitura, uma biblioteca em cada sala de aula, rodas de conversa, dever de casa todos os dias.

3- Projeto 6º ano experimental – Os professores deste projeto são PII ou PI de Língua Portuguesa. O resultado da prova destes alunos foi muito superior ao resultado da rede. Atribui isso ao empenho dos professores como facilitadores da aprendizagem e o vínculo afetivo criado entre professor e aluno, devido ao maior tempo de convivência entre eles.

4- Turno único – É o futuro de toda a rede. Em 2012 os CIEPs já terão turno de 7 horas. Será oferecida DR para o professor que já está no CIEP e tem uma matrícula, mas não será obrigatório. O professor que trabalha no CIEP somente em uma matrícula não é obrigado a sair do CIEP.

5- CE semanal para PII – Neste dia os alunos terão aulas de Educação Física (2 tempos), Inglês, Artes e Sala de Leitura
Questionada sobre 2 tempos seguidos para Educação Física para os pequenos, ela informou que os tempos não precisam ser seguidos.
O 2º professor de Sala de Leitura não poderá ser de matrícula, terá que ser de DR, mas a escola só pode ser contemplada com este professor quando a escola estiver completa. Alertou que se não chegar professor de Artes ou não tiver o 2º professor de Sala de Leitura, terá que ser montada outra estratégia para garantir o CE semanal.

6- Avaliação ASQ – Foi de fundamental para as creches, mas teve sua aplicação dificultada na pré escola, pois a turma tem 25 alunos e o professor ficou muito sobrecarregado, embora esta avaliação seja feita no mundo todo.
7- Tablet - Não receberemos antes de junho, ainda não foi aberta a licitação, está em andamento.

8- Plano de carreira – Ainda não tem resposta. Disse que continuaremos com os reajustes anuais.

9- Microfones – Já estão nas escolas com 2º segmento e chegarão junto com o Kit Educopédia nas de 1º segmento. Quanto a compra de pilhas para o equipamento, esta deverá ser feita com a verba do SDP. Os microfones serão da escola e não um para cada professor.

Finalizou a reunião enfatizando que a Educação Carioca já está colhendo os bons resultados de tudo que foi implantado nestes anos e que a rede teve um avanço muito importante.

sábado, 3 de dezembro de 2011

As mídias na educação
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Texto do meu livro Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª Ed. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 162-166.

“A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma mais enganosa de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da modernização tecnológica. O desafio é como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: experiências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto”.
Jesús Martín Barbero [1]

As mídias educam
Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação.
A televisão, o cinema e o vídeo, CD ou DVD - os meios de comunicação audiovisuais - desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.
 A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais  mais abstrato, complexo e na contra-mão da maioria como a escola se propõe a fazer.
A TV fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a fala da escola é muito distante e intelectualizada - e fala de forma impactante e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa, concorda?. O que tentamos contrapor na sala de aula, de forma desorganizada e monótona, aos modelos consumistas vigentes, a televisão, o cinema, as revistas de variedades e muitas páginas da Internet o desfazem nas horas seguintes. Nós mesmos como educadores e telespectadores sentimos na pele a esquizofrenia das visões contraditórias de mundo e das narrativas (formas de contar) tão diferentes dos meios de comunicação e da escola.
Percebeu que na procura desesperada pela audiência imediata e fiel, os meios de comunicação desenvolvem estratégias e fórmulas de sedução mais e mais aperfeiçoadas: o ritmo alucinante das transmissões ao vivo, a linguagem concreta, plástica, visível?. Mexem com o emocional, com as nossas fantasias, desejos, instintos. Passam com incrível facilidade do real para o imaginário, aproximando-os em fórmulas integradoras, como nas telenovelas.
Em síntese, os Meios são interlocutores constantes e reconhecidos, porque competentes, da maioria da população, especialmente da infantil. Esse reconhecimento significa que os processos educacionais convencionais e formais como a escola não podem voltar as costas para os meios, para esta iconosfera tão atraente e, em conseqüência, tão eficiente. A maior parte do referencial do mundo de crianças e jovens provém da televisão. Ela fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a escola é muito distante e abstrata - e fala de forma viva e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa.
As crianças e jovens se acostumaram a se expressar de forma polivalente, utilizando a dramatização, o jogo, a paráfrase, o concreto, a imagemem movimento. A imagem mexe com o imediato, com o palpável. A escola desvaloriza a imagem e essas linguagens como negativas para o conhecimento. Ignora a televisão, o vídeo; exige somente o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico. É fundamental que a criança aprenda a equilibrar o concreto e o abstrato, a passar da espacialidade e contigüidade visual para o raciocínio seqüencial da lógica falada e escrita. Não se trata de opor os meios de comunicação às técnicas convencionais de educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um processo completo, rico, estimulante. A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrá-lo na sala de aula, discutindo-o com os alunos, ajudando-os a que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto.
Precisamos, em conseqüência, estabelecer pontes efetivas entre educadores e meios de comunicação. Educar os educadores para que, junto com os seus alunos, compreendam melhor o fascinante processo de troca, de informação-ocultamento-sedução, os códigos polivalentes e suas mensagens. Educar para compreender melhor seu significado dentro da nossa sociedade, para ajudar na sua democratização, onde cada pessoa possa exercer integralmente a sua cidadania.
Em que níveis pode ser pensada a relação Comunicação, Meios de Comunicação e Escola? Entendemos que esta pode ser pensada em três níveis:
1.      organizacional
2.      de conteúdo
3.      comunicacional
no nível organizacional: uma escola mais participativa, menos centralizadora, menos autoritária, mais adaptada a cada indivíduo. Para isso, é importante comparar o nível do discurso - do que se diz ou se escreve - com a práxis - com as efetivas expressões de participação.
- no nível de conteúdo: uma escola que fale mais da vida, dos problemas que afligem os jovens. Tem que preparar para o futuro, estando sintonizada com o presente. É importante buscar nos meios de comunicação abordagens do quotidiano e incorporá-las criteriosamente nas aulas.
no nível comunicacional: conhecer e incorporar todas as linguagens e técnicas utilizadas pelo homem contemporâneo. Valorizar as linguagens audiovisuais, junto com as convencionais.
Tem-se enfatizado a questão do conhecimento como essencial para uma boa educação. É básico ajudar o educando a desenvolver sua(s) inteligência(s), a conhecer melhor o mundo que o rodeia. Por outro lado, fala-se da educação como desenvolvimento de habilidades: "Aprender a aprender", saber comparar, sintetizar, descrever, se expressar.
Desenvolver a inteligência, as habilidades e principalmente, as atitudes. Ajudar o educando a adotar atitudes positivas, para si mesmo e para os outros. Aqui reside o ponto crucial da educação: ajudar o educando a encontrar um eixo fundamental para a sua vida, a partir do qual possa interpretar o mundo (fenômenos de conhecimento), desenvolva habilidades específicas e tenha atitudes coerentes para a sua realização pessoal e social. [[Ver o capítulo A comunicação na educação do livro Mudanças na comunicação pessoal de José Manuel Moran, São Paulo, Paulinas, 2000, páginas, 155-166]].
A transmissão de informação é a tarefa mais fácil e onde as tecnologias podem ajudar o professor a facilitar o seu trabalho. Um simples CD-ROM contém toda a Enciclopédia Britânica, que também pode ser acessada on line pela Internet. O aluno nem precisa ir a escola para buscar as informações. Mas para interpretá-las, relacioná-las, hierarquizá-las, contextualizá-las, só as tecnologias não serão suficientes. O professor o ajudará a questionar, a procurar novos ângulos, a relativizar dados, a tirar conclusões.
Que outras contribuições as tecnologias podem dar ao professor? As tecnologias também ajudam a desenvolver habilidades, espaço-temporais, sinestésicas, criadoras. Mas o professor é fundamental para adequar cada habilidade a um determinado momento histórico e a cada situação de aprendizagem.
As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes.
As tecnologias permitem mostrar várias formas de captar e mostrar o mesmo objeto, representando-o sob ângulos e meios diferentes: pelos movimentos, cenários, sons, integrando o racional e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espaço e o tempo, o concreto e o abstrato.
A educação é um processo de construção da consciência crítica. Como então se dá esse processo? Essa construção começa com a problematização dos dados que nos chegam direta e indiretamente - através dos meios, por exemplo - recontextualizando-os numa perspectiva de conjunto, totalizante, coerente, um novo texto, uma nova síntese criadora. Essa síntese integra os dados tanto conceituais quanto sensíveis, tanto da realidade quanto da ficção, do presente e do passado, do político, econômico e cultural. Falamos assim, de uma educação para a comunicação. Uma educação que procura ajudar as pessoas individualmente e em grupo a realizar sínteses mais englobantes e coerentes, tomando como partida as expressões de troca que se dão na sociedade e na relação com cada pessoa; ajudar a entender uma parte dessa totalidade a partir da comunicação enquanto organização de trocas tanto ao nível interpessoal como coletivo.
A educação para a comunicação precisa da articulação de vários espaços educativos, mais ou menos formais: educação ao nível familiar, trabalhando a relação pais-filhos-comunicação, seja de forma esporádica ou em momentos privilegiados, em cursos específicos também. A relação comunicação-escola, uma relação difícil e problemática, mas absolutamente necessária para o enriquecimento de ambas, numa nova perspectiva pedagógica, mais rica e dinâmica. Comunicação na comunidade, analisando os meios de comunicação a partir da situação de uma determinada comunidade e interpretando concomitantemente os processos de comunicação dentro da comunidade. Educação para a comunicação é a busca de novos conteúdos, de novas relações, de novas formas de expressar esses conteúdos e essas relações.
A escola precisa exercitar as novas linguagens que sensibilizam e motivam os alunos, e também combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, de entrevista gravada, propondo formatos atuais como um programa de rádio uma reportagem para um jornal, um vídeo, onde for possível. A motivação dos alunos aumenta significativamente quando realizam pesquisas, onde se possam expressar em formato e códigos mais próximos da sua sensibilidade. Mesmo uma pesquisa escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire uma nova dimensão e, fundamentalmente, não muda a proposta inicial.

Integrar as mídias na escola
Antes da criança chegar à escola, já passou por processos de educação importantes: pelo familiar e pela mídia eletrônica. No ambiente familiar, mais ou menos rico cultural e emocionalmente, a criança vai desenvolvendo as suas conexões cerebrais, os seus roteiros mentais, emocionais e suas linguagens. Os pais, principalmente a mãe, facilitam ou complicam, com suas atitudes e formas de comunicação mais ou menos maduras, o processo de aprender a aprender dos seus filhos.
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a informar-se, a conhecer - os outros, o mundo, a si mesmo - a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, "tocando" as pessoas na tela, que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa - ninguém obriga - é feita através da sedução, da emoção, da exploração sensorial, da narrativa - aprendemos vendo as estórias dos outros e as estórias que os outros nos contam.
Mesmo durante o período escolar a mídia mostra o mundo de outra forma - mais fácil, agradável, compacta - sem precisar fazer esforço. Ela fala do cotidiano, dos sentimentos, das novidades. A mídia continua educando como contraponto à educação convencional, educa enquanto estamos entretidos.
A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos democráticos, mais progressistas e participativos das tecnologias, que facilitem a evolução dos indivíduos. O poder público pode propiciar o acesso de todos os alunos às tecnologias de comunicação como uma forma paliativa, mas necessária de oferecer melhores oportunidades aos pobres, e também para contrabalançar o poder dos grupos empresariais e neutralizar tentativas ou projetos autoritários.
Se a educação fundamental é feita pelos pais e pela mídia, urgem ações de apoio aos pais para que incentivem a aprendizagem dos filhos desde o começo das vidas deles, através do estímulo, das interações, do afeto. Quando a criança chega à escola, os processos fundamentais de aprendizagem já estão desenvolvidos de forma significativa. Urge também a educação para as mídias, para compreendê-las, criticá-las e utilizá-las da forma mais abrangente possível.
A educação para os meios começa com a sua incorporação na fase de alfabetização. Alfabetizar-se não consiste só em conscientizar os códigos da língua falada e escrita, mas dos códigos de todas as linguagens do homem atual e da sua interação. A criança, ao chegar à escola, já sabe ler histórias complexas, como uma telenovela, com mais de trinta personagens e cenários diferentes. Essas habilidades são praticamente ignoradas pela escola, que, no máximo, utiliza a imagem e a música como suporte para facilitar a compreensão da linguagem falada e escrita, mas não pelo seu intrínseco valor. As crianças precisam desenvolver mais conscientemente o conhecimento e prática da imagem fixa, em movimento, da imagem sonora ... e fazer isso parte do aprendizado central e não marginal. Aprender a ver mais abertamente, o que já estão acostumadas a ver, mas que não costumam perceber com mais profundidade (como os programas de televisão).
Antes de pensar em produzir programas específicos para as crianças, convém retomar, estabelecer pontos com os produtos culturais que lhes são familiares. Fazer re-leituras dos programas infantis, re-criação desses mesmos programas, elaboração de novos conteúdos a partir dos produtos conhecidos. Partir do que o rádio, jornal, revistas e televisão mostram para construir novos conhecimentos e desenvolver habilidades. Não perder a dimensão lúdica da televisão, dos computadores. A escola parece um desmancha-prazeres. Tudo o que as crianças adoram a escola detesta, questiona ou modifica. Primeiro deve-se valorizar o que é valorizado pelas crianças, depois procurar entendê-lo (os professores e os pais) do ponto de vista delas, crianças, para só mais tarde, propor interações novas com os produtos conhecidos. Depois podem-se exibir programas adaptados à sua sensibilidade e idade, programas que sigam o mesmo ritmo da televisão, mas que introduzam alguns conceitos específicos que, aos poucos, irão sendo incorporados.




[1] Jesús MARTÍN BARBERO. Heredando el Futuro.Pensar la Educación desde la Comunicación, in Nómadas, Boggotá, septiembre de 1996, n. 5, p. 10-22
A integração das tecnologias na educação
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância

As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais:
Do analógico para o digital (digitalização)
Do físico para o virtual (virtualização)
Do fixo para o móvel (mobilidade)
Do massivo para o individual (personalização)
Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard

A digitalização permite registrar, editar, combinar, manipular toda e qualquer informação, por qualquer meio, em qualquer lugar, a qualquer tempo. A digitalização traz a multiplicação de possibilidades de escolha, de interação. A mobilidade e a virtualização nos libertam dos espaços e tempos rígidos, previsíveis, determinados.
 As tecnologias que num primeiro momento são utilizadas de forma separada – computador, celular, Internet, mp3, câmera digital – e caminham na direção da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor.
 O computador continua, mas ligado à internet, à câmera digital, ao celular, ao mp3, principalmente nos pockets ou computadores de mão. O telefone celular é a tecnologia que atualmente mais agrega valor: é wireless (sem fio) e rapidamente incorporou o acesso à Internet, à foto digital, aos programas de comunicação (voz, TV), ao entretenimento (jogos, música-mp3) e outros serviços.
Estas tecnologias começam a afetar profundamente a educação. Esta sempre esteve e continua presa a lugares e tempos determinados: escola, salas de aula, calendário escolar, grade curricular.  
Há vinte anos, para aprender oficialmente, tínhamos que ir a uma escola. E hoje? Continuamos, na maioria das situações, indo ao mesmo lugar, obrigatoriamente, para aprender. Há mudanças, mas são pequenas, ínfimas, diante do peso da organização escolar como local e tempo fixos, programados, oficiais de aprendizagem.
As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o controle a modernização da infra-estrutura e a gestão do que a mudança. Os programas de gestão administrativa estão mais desenvolvidos do que os voltados à aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, mas só conseguem arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários níveis de ensino.
Apesar da resistência institucional, as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação on-line e buscam nas universidades mais agilidade, flexibilização e rapidez na oferta de educação continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a Internet estão sendo notáveis. A LDB legalizou a educação a distância  e a Internet lhe tirou o ar de isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a Internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a revolucionar a forma de ensinar e aprender.
As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na educação a distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muito auto-disciplina. Agora com as redes a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.
A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação a distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.

 

Alguns problemas na integração das tecnologias na educação
A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do foco do ensino para o de aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial.
Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção da vida urbana, fica muito difícil a autonomia, a organização pessoal, indispensáveis para os processos de aprendizagem à distância. O aluno desorganizado poderá deixar passar o tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e poderá sentir dificuldade em acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalhará sua motivação, sua própria aprendizagem e a do grupo, o que criará tensão ou indiferença. Alunos assim, aos poucos, poderão deixar de participar, de produzir e muitos terão dificuldade, à distância, de retomar a motivação, o entusiasmo pelo curso. No presencial, uma conversa dos colegas mais próximos ou do professor poderá ajudar a que queiram voltar a participar do curso. À distância será possível, mas não fácil.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-lhes condições para que eles as efetuem. Freqüentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a Internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e dinheiro empatados não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo, focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o professor/tutor. Convém que os cursos hoje – principalmente os de formação – sejam focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o individual e o grupal, entre conteúdo e interação (aprendizagem cooperativa), um conteúdo em parte preparado e em parte construído ao longo do curso.
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. Os cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que estejam brilhantemente produzidos, correm o risco da desmotivação a longo prazo e, principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais facilmente obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou encontrar novas estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, normalmente só acessível por e-mail, que é frio, não imediato, ou por um telefonema eventual, que embora seja mais direto, num curso à distância encarece o custo final.
Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos. São poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver.
Os educadores marcantes atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Transmitem bondade e competência, tanto no plano pessoal, familiar como no social, dentro e fora da aula, no presencial ou no virtual. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. E eles, numa sociedade cada vez mais complexa e virtual, se tornarão referências necessárias.