Samba Menino, a história do samba
04/01/2012
Quem acompanha este blog, o twitter e a nossa página no Facebook já sabe que nos interessamos e divulgamos assuntos ligados a tecnologia, sustentabilidade, política, ideias criativas, dicas para micro e pequenas empresas, direitos dos animais e infantis. Hoje o tema do post é a cultura brasileira e vou apresentar a vocês um projeto muito bacana que tem como objetivo contar e cantar a história do samba para a criançada.
Não deixa o samba morrer / Não deixa o samba acabar / O morro foi feito de samba / De samba para gente sambar
No dia 29 de dezembro, a Pé de Limão esteve presente no relançamento do livro Samba Menino, no espaço cultural da editora Multifoco, na Lapa. O autor da obra, um grande amigo meu, é o Raphael Moreira, publicitário, músico, produtor e agitador cultural. O Rapha é componente dos grupos de samba Bebadosamba, Um Pingo é Letra e Naquela Mesa. Difícil é saber como ele consegue tempo pra fazer tanta coisa!
Participar deste evento nos proporcionou um grande prazer, pois uniu a emoção de rever alguns amigos, de divulgar um trabalho que valoriza a cultura popular brasileira e a satisfação de ouvir um repertório delicioso com sambas de qualidade em arranjos empolgantes, entre eles “A voz do morro”, “Tia Eulália na Xiba”, “Pelo telefone” e “Retalhos de cetim”, que praticamente me impediam ficar parada!
O show contou com a participação de João Martins, cantor e compositor, filho do Wanderson Martins, cavaquinista e arranjador do Martinho da Vila. E para coroar a noite, fomos brindados com a presença do padrinho do BebadoSamba, o cantor Ataulfo Alves Junior, que nos encantou com a sua bela voz e com algumas histórias de seu pai, Ataulfo Alves, compositor e cantor de pérolas do samba como “Ai que saudades da Amélia”, em parceria com Mario Lago; “Na cadência do samba”, com Paulo Gesta e muitas outras. Foi muito bacana conhecer a história que originou a música “Pois é”, um grande sucesso de Ataulfo Alves, lançada em 1954.
Pois é / Falaram tanto que desta vez / A morena foi embora / Disseram que ela era a maioral / E eu é quem não soube aproveitar / Endeusaram a morena tanto, tanto / Que ela resolveu me abandonar / A maldade nessa gente é uma arte / Tanto fizeram que houve a separação / Mulher a gente encontra em toda parte / Mas não se encontra a mulher que a gente tem no coração.
Conversamos com o Rapha para saber um pouco mais sobre o projeto. Confira!
Há quanto tempo o Grupo BebadoSamba está na estrada?
Faremos 7 anos agora em 2012.
Faremos 7 anos agora em 2012.
Quem faz parte do grupo?
Na ordem que entraram para o grupo: Raphael Moreira (pandeiro, voz e produção), Bruno Santos (violão, voz e arranjos), Luizinho Croset (cavaco), Thiaguinho Castro (percussão), Mariana Luduvice (voz) e Felipe Miranda (sax e flauta).
Na ordem que entraram para o grupo: Raphael Moreira (pandeiro, voz e produção), Bruno Santos (violão, voz e arranjos), Luizinho Croset (cavaco), Thiaguinho Castro (percussão), Mariana Luduvice (voz) e Felipe Miranda (sax e flauta).
Qual é a principal característica do grupo?
A proposta do Bebadosamba é fazer algo diferente, homenageando e difundindo a nossa cultura brasileira. Costumamos misturar sambas com choros em arranjos realmente diferentes. Imagine só, juntar Jacob do Bandolim e Stevie Wonder? Tocamos “Pedacinhos do Céu” (choro) com a música de Stevie Wonder “Isn´t She Lovely”. Flertamos com outros gêneros como o forró e o sambalanço.
A proposta do Bebadosamba é fazer algo diferente, homenageando e difundindo a nossa cultura brasileira. Costumamos misturar sambas com choros em arranjos realmente diferentes. Imagine só, juntar Jacob do Bandolim e Stevie Wonder? Tocamos “Pedacinhos do Céu” (choro) com a música de Stevie Wonder “Isn´t She Lovely”. Flertamos com outros gêneros como o forró e o sambalanço.
Era uma vez um menino chamado Semba.
Depois de um bom tempo crescendo e evoluindo no nosso Brasil, semba virou samba, que virou a linguagem e a representação de nosso povo brasileiro.
Depois de um bom tempo crescendo e evoluindo no nosso Brasil, semba virou samba, que virou a linguagem e a representação de nosso povo brasileiro.
Como surgiu a ideia do projeto Samba Menino?
O Samba Menino é filho de outro projeto. Criei em 2004 o projeto “Um Resumo do Samba – uma viagem pela sua história” (www.umresumodosamba.blogspot.com) onde o Grupo Bebadosamba (na época ainda não tinha esse nome) contava a cantava a história do samba. Trabalhei devagar com esse projeto ao longo desse tempo. Chegamos a levá-lo a duas faculdades e apresentarmos em nossos shows. Em 2011, eu, já pai de 2 meninos, fui convidado pela creche para fazer uma apresentação musical aos amiguinhos do meu filho Matheus, de 3 anos. Foi aí que adaptei o “Um Resumo do Samba” para o “Samba Menino” e, graças a Deus, e a todos que me ajudaram (principalmente minha esposa Lene e meus amigos e companheiros Arlene Costa, Thiago Freitas e Bruno Santos) deu no que deu.
O Samba Menino é filho de outro projeto. Criei em 2004 o projeto “Um Resumo do Samba – uma viagem pela sua história” (www.umresumodosamba.blogspot.com) onde o Grupo Bebadosamba (na época ainda não tinha esse nome) contava a cantava a história do samba. Trabalhei devagar com esse projeto ao longo desse tempo. Chegamos a levá-lo a duas faculdades e apresentarmos em nossos shows. Em 2011, eu, já pai de 2 meninos, fui convidado pela creche para fazer uma apresentação musical aos amiguinhos do meu filho Matheus, de 3 anos. Foi aí que adaptei o “Um Resumo do Samba” para o “Samba Menino” e, graças a Deus, e a todos que me ajudaram (principalmente minha esposa Lene e meus amigos e companheiros Arlene Costa, Thiago Freitas e Bruno Santos) deu no que deu.
Como o projeto foi recebido nas escolas?
De uma maneira inesperada! Nossa, eu sabia que as pessoas gostariam porque a ideia é boa. Mas a recepção, principalmente das crianças, foi realmente surpreendente! Todas elas adoraram as histórias, fizeram perguntas, queriam tirar fotos. Apresentei para crianças de 2 a 14 anos e sentia a sinceridade delas. Foi realmente muito sincero. E contar com o apoio dos professores foi fantástico! Foi uma grande realização e estímulo para trabalhar mais em cima do projeto e lapidá-lo para que se torne cada vez melhor.
De uma maneira inesperada! Nossa, eu sabia que as pessoas gostariam porque a ideia é boa. Mas a recepção, principalmente das crianças, foi realmente surpreendente! Todas elas adoraram as histórias, fizeram perguntas, queriam tirar fotos. Apresentei para crianças de 2 a 14 anos e sentia a sinceridade delas. Foi realmente muito sincero. E contar com o apoio dos professores foi fantástico! Foi uma grande realização e estímulo para trabalhar mais em cima do projeto e lapidá-lo para que se torne cada vez melhor.
Quais foram as fontes de pesquisa para a criação do livro?
Tive como orientador de monografia na faculdade de comunicação o ilustre Ivan Proença. Ele é especialista em Cultura Brasileira e foi meu pilar desde antes do livro. O projeto “Um Resumo do Samba” surgiu por conta de uma aula dele que coincidiu com uma exposição que visitei. Apresentei primeiro em sua aula e tive seu aval. A partir daí segui em frente. Li alguns autores como Muniz Sodré, Nei Lopes, Roberto M. Moura e André Diniz. Não me desgrudei do Dicionário da MPB do Cravo Albim. Considero o melhor de todos os livros! Adoro aquele dicionário. E por falar nele, um grande amigo, jornalista e poeta, Sergio Gramatico Junior, que hoje é pesquisador do Instituto Cravo Albim, nos deu a honra de virarmos verbete do dicionário no ano passado! É uma coisa mais maravilhosa que a outra acontecendo.
Tive como orientador de monografia na faculdade de comunicação o ilustre Ivan Proença. Ele é especialista em Cultura Brasileira e foi meu pilar desde antes do livro. O projeto “Um Resumo do Samba” surgiu por conta de uma aula dele que coincidiu com uma exposição que visitei. Apresentei primeiro em sua aula e tive seu aval. A partir daí segui em frente. Li alguns autores como Muniz Sodré, Nei Lopes, Roberto M. Moura e André Diniz. Não me desgrudei do Dicionário da MPB do Cravo Albim. Considero o melhor de todos os livros! Adoro aquele dicionário. E por falar nele, um grande amigo, jornalista e poeta, Sergio Gramatico Junior, que hoje é pesquisador do Instituto Cravo Albim, nos deu a honra de virarmos verbete do dicionário no ano passado! É uma coisa mais maravilhosa que a outra acontecendo.
Fale um pouco sobre a sua relação com o cantor João Martins.
Começamos a tocar juntos em 1999, no primeiro grupo de samba que tivemos. Fico feliz pela consideração e o carinho dele em abraçar o Bebadosamba e o projeto “Samba Menino”. Eu o convidei para compor a música tema do projeto comigo. Estamos terminando, mas posso adiantar que está ficando linda! É mais um filho, além dos meus dois, Matheus e Gabriel, do meu livro e do meu fusca!
Começamos a tocar juntos em 1999, no primeiro grupo de samba que tivemos. Fico feliz pela consideração e o carinho dele em abraçar o Bebadosamba e o projeto “Samba Menino”. Eu o convidei para compor a música tema do projeto comigo. Estamos terminando, mas posso adiantar que está ficando linda! É mais um filho, além dos meus dois, Matheus e Gabriel, do meu livro e do meu fusca!
Quais são os próximos passos do projeto Samba Menino?
Estamos fechando alguns shows do “Samba Menino”. Temos uma apresentação voltada ao público infantil, como as que apresentamos nas creches e escolas, e uma mais adulta. Ambas baseadas nas histórias do livro.
Estamos fechando alguns shows do “Samba Menino”. Temos uma apresentação voltada ao público infantil, como as que apresentamos nas creches e escolas, e uma mais adulta. Ambas baseadas nas histórias do livro.
Como foi montado o repertório do show Samba Menino?
Cada música foi cuidadosamente colocada para representar um trecho do livro. Estamos também trabalhando numa trilha própria para ele. Nisso, meu amigo João Martins está comigo pra me ajudar!
Cada música foi cuidadosamente colocada para representar um trecho do livro. Estamos também trabalhando numa trilha própria para ele. Nisso, meu amigo João Martins está comigo pra me ajudar!
O livro Samba Menino pode ser adquirido com o Raphael (raphael.pereiramoreira@gmail.com) ou com a Editora Multifoco.
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